Mesmo com as vantagens do ponto de vista ecológico, o automóvel elétrico ainda tem muitos obstáculos a ultrapassar na mente do público para poder substituir completamente os carros tradicionais com motores a gasolina ou Diesel. Um deles é a diluição dos custos de aquisição durante a vida do carro, em comparação com os custos de utilização, mas este problema deverá ser resolvido em breve, pois um estudo aponta para que o carro elétrico consiga ser mais barato que um Diesel, durante toda a sua vida útil, a partir de 2022.

Um estudo feito no Reino Unido pela firma de consultoria Deloitte aponta para uma redução drástica dos custos de utilização dos carros elétricos durante os próximos anos, ficando equiparados aos carros a gasolina e Diesel em 2022. Estes números, no entanto, são dependentes de incentivos fiscais à aquisição, existentes em vários países da Europa. Sem estes incentivos, os custos de utilização dos elétricos só vão ficar equiparados aos veículos tradicionais em 2024.

Além da redução dos custos de utilização, a opção do público pelos carros elétricos também vai basear-se no aumento dos custos de veículos com motores de combustão. Embora o estudo da Deloitte tenha sido feito com base na estabilidade destes, os automóveis com motores a gasolina e Diesel deverão ficar mais caro de utilizar, com mais taxas relacionadas com emissões poluentes, ou a proibição de acesso ao centro dos grandes centros urbanos para motores de combustão, que deverão ser cada vez mais generalizados até 2030. A subida da autonomia dos motores elétricos e o crescimento da rede de recarga rápida também vai ajudar o público a habituar-se a usar carros elétricos no dia-a-dia sem grandes perdas de tempo.

Mesmo com o crescimento previsto do interesse do público em carros elétricos, o estudo da Deloitte aponta para uma tendência otimista dos construtores automóveis no crescimento do mercado de carros elétricos. De acordo com as previsões da firma de consultoria, o número de veículos deste géneros vai subir para quatro milhões em 2020, 12 milhões em 2025 e 30 milhões em 2030, representando 20 por cento das vendas a nível mundial. Estes números ficam, ainda assim, 14 milhões de unidades abaixo das previsões das marcas, pelo que a Deloitte prevê que muitas possam desaparecer a longo prazo, se não conseguirem recuperar os investimentos feitos para substituir as suas gamas atuais por novos carros elétricos.

Fonte: www.motor24.pt